O meio musical está em constante mudança, e sem dúvida que o séc. XXI, se abriu às novas tecnologias e à música electrónica. Muitos são os nomes que proliferam neste estilo de música, mas só alguns se destacam, na grande jornada de criar música que mexa com o público.
O Jornal Dínamo® quis saber um pouco mais acerca destes dois músicos que entre Portugal e Inglaterra, andam a revolucionar a música electrónica.
Foto: Alex Delfanne
JD – Como nasceram os Stereo Addiction?
SA – Nasceram e ainda hoje sobrevivem de uma grande amizade e amor pela música electrónica. Conhecemo-nos em Londres, através de amigos em comum. Logo descobrimos que partilhávamos o mesmo gosto por festa e música!
JD – Vão lançar brevemente um novo vídeo em Londres? Falem-me um pouco destas gravações e do vídeo?
SA – O vídeo é um projecto em parceria com a Stink Factory, uma produtora de vídeo, sedeada em Brighton. O realizador, Daniel Vyskoc fez-nos roubar um vinil numa loja em Bricklane e correr durante horas pelas ruas de Londres. Não estamos habituados a tanto exercício…
Foto: Dan Vyscok
JD – Se existem, qual são as maiores dificuldades em se dividirem entre 2 países?
SA – Não existem dificuldades nenhumas. Corre muito bem. Nós moramos os dois em Portugal, a Mariana, nossa manager, é que mora em Londres, mas entre Skype, email e telefone tudo se resolve. Por isso também temos ido tocar muito a Londres. Já fomos 3 vezes e vamos agora, para fazer o lançamento do videoclip num dos melhores clubes de Londres, o AKA.
JD – Vão actuar no Rock in Rio-Lisboa 2008. Qual é a importância de actuar num evento reconhecido mundialmente?
SA – É muito bom para nós porque nos inclui numa máquina promocional muito maior e leva-nos até muito mais público. Também vamos tocar com artistas que respeitamos muito, Sasha & Digweed, e com quem queríamos tocar há muito.
JD – O que poderemos esperar da actuação neste grande evento?
SA – Os nossos sets variam bastante dependente da hora que tocamos ou o lugar. Para este evento, vamos tocar um set bastante cool passando pelo tech-house até ao progressivo, sempre viajante e bem-disposto.
Vai ser uma boa hora para tocar e vamos aproveitar para fazer um set mais alternativo.
JD – Como sentem a reacção do público português à vossa música?
SA – É muito boa. O público português, pelo menos o especializado, está bem informado acerca do que se faz em todo o mundo e também são um público exigente, habituado a excelência de qualidade.
JD – O ano de 2008 marca também o início de uma colaboração com a editora Kismet, de Rui da Silva. Como tudo aconteceu?
SA – Quando a Mariana se mudou para Londres, fomos logo beber um café com o Rui. Já sabíamos bem quem era e queríamos muito conhecê-lo. Depois mandámos uns links ao Rui para ouvir as nossas produções mais recentes.
Ele gostou muito de uma música feita pelo John-E e quis editá-la na Kismet. Fizemos um remix para esta faixa também, que ainda está para sair e tivemos mais algumas colaborações através da New Breed.
Acabámos agora um remix para uma música de Husley & Gunz que saiu pela Kismet e já se pode comprar online em BEATPORT e outras lojas.
JD – São DJ´s e Produtores. Consideram que este é o complemento perfeito?
SA – Somos primeiro DJ’s de coração e tivemos a curiosidade/necessidade de experimentar a produção. Neste momento, para se sobreviver neste ramo é necessário estar envolvido ou com produção musical ou com edição discográfica.
Foto: José Chan
JD – Qual é a vossa maior fonte de inspiração?
SA – O dia-a-dia. Pequenas brincadeiras.
JD – Como se definiriam?
SA – Descontraídos, humildes, party animals, stereo addicts.
JD – Fazem algum ritual de boa sorte antes das vossas actuações?
SA – Não fazemos nada de especial a não ser o habitual para acalmar os nervos. Não somos muito supersticiosos.
JD – Qual o vosso maior desejo?
SA – Que tudo corra bem, para nós e para todo o mundo.
JD – O Jornal Dínamo agradece aos Stereo Addiction e deseja toda a sorte para os concertos que se avizinham, inclusive o no Rock in Rio-Lisboa.
