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Bruno Cardoso, aka DJ XINOBI

Entrevista JD

| É precisamente hoje segunda-feira dia 6 de Outubro, que é editado o mais recente trabalho de Bruno Cardoso, mais conhecido por DJ Xinobi, também ele produtor e compositor com o selo da Universal Music Portugal.

Foi na sede da Universal Music Portugal que o Jornal Dínamo, entrevistou num clima de boa disposição Bruno Cardoso, aka DJ Xinobi, que falou um pouco acerca de si, do seu trabalho e claro do mais recente trabalho “1975”.

J.D. – Como começou a aventura, de se tornar o DJ Xinobi e porquê a escolha do nome?

B.C. aka DJ Xinobi – Foi um pouco por acidente. Eu fazia música no meu quarto… música electrónica e na altura em que se usava mais o My Space, resolvi colocar umas músicas online, porque era um meio que me permitia fazê-lo e o Nuno Rosa, um DJ do LUX mandou-me um e-mail a perguntar se eu não queria ir lá tocar. Recusei, e expliquei-lhe que não sabia fazer nada disso. Só que como ele continuou a insistir, agarrei no software, aprendi a fazer mais algumas coisas e acabei por ir. Depois começaram a surgir cada vez mais convites e acabei por me tornar profissional… mas tudo aconteceu por requisição de outras pessoas. Quanto ao nome… era um nick que já costumava usar na internet e como as pessoas já conheciam acabou por ficar este nome.

J.D. – É fundador da Editora Independente “Discotexas”. Fale-me um pouco do trabalho que tem desenvolvido?

B.C. aka DJ Xinobi – Eu e outro amigo meu que é o DJ Moulinex não tinhamos forma de editar a música que andávamos a fazer. Mandávamos para editoras, não havia respostas (enfim o clássico) e decidimos tentar nós criar o nosso próprio meio de editar. Na altura trabalhávamos com um rapaz do norte que tinha o know how de como fazer as coisas, mas desinteressou-se a tal ponto que nada acontecia. Por causa disso andámos parados durante uns tempos e depois com o Hugo Moutinho desenvolvemos a editora como ela é conhecida hoje em dia…uma editora independente, mas com um outputregular. Edita-me a mim, ao Moulinex e muitos outros artistas portugueses e estrangeiros.

J.D. – No dia 6 de Outubro vai ser editado o “1975”. Falemos um pouco do seu novo trabalho. Que sonoridades vamos poder encontrar?

B.C. aka DJ Xinobi – “1975” é uma espécie de resumo estético do que eu ando a fazer nestes últimos 4, 5 anos. Tentei pegar na veia electrónica que tinha e torna-la mais orgânica. Pensei que poderia levar isso a um formato de banda, e se calhar é o que vai acontecer. Serve também para sair um pouco da zona de conforto e tentar fazer algo diferente. Digamos que é um híbrido de Electrónica, Rock, Banda-Sonora entre outros sons.

J.D. – “Mom & Dad” é o single de apresentação. Sei que o vídeo já estreou, no blog Inglês “The 405”. Qual tem sido o feedback?

B.C. aka DJ Xinobi – O feedback tem sido estranho, porque o clip em si é estranho (risos). Pegámos numa ideia base, onde existe uma actriz que é a Catarina e que se dispôs a improvisar. Como eu tinha um vídeo semelhante foi também para fazer uma sequela. Ela interage com algumas coisas, ou tem um taco de golfe na mão, ou vê-se eu a passar por ela de bicicleta ou a levar com ameixas na cara (risos)…, coloca um produto no cabelo, vai-se maquilhando, simula que morre, entre outras coisas. É acima de tudo um trabalho de actriz mais de imagem, o que faz do clip um exercício estético. Não existe um fundamento específico nem tem propriamente a ver com a música, apesar de a ilustrar e encaixar ritmicamente. Pode eventualmente ter a ver com coisas que já fiz. Apesar de ser muito eclético e andar a saltar de estilo em estilo eu gosto que exista sempre uma ligação e o vídeo foi uma das formas que arranjei para unir o presente com o passado. As ameixas são importantes… sim, fui eu que as atirei contra ela… e estava cheio de pena dela (risos)… mandava uma, e pedia desculpa… atirava com outra e pedia desculpa (risos)…

J.D. – Qual é a importância de estar em meios como o Ministry of Sound, ou no Nurvous?

B.C. aka DJ Xinobi – Eu lembro-me que quando assinei um contrato com o “Ministry of Sound”, achei aquilo estranhíssimo, porque eu via em revistas artigos sobre o “Ministry of Sound”, onde estavam produtores já com um estatuto gigante, e eu achei estranho, alguém chegar e querer a minha música. Assinei aquilo muito a medo e lembro-me de tirar fotografias para brincar (risos), mas sem dúvida isso sabe muito bem. Sabe sem dúvida bem ter lá trabalho. E soa muito bem no curriculum. Quando se fala do “Ministry of Sound” as pessoas prestam atenção. A “Nurvous” é uma espécie de “Ministry of Sound” versão americana e que existe desde 1989, e é bastante positivo poder fazer parte.

J.D. – Há nomes que já remisturaram o seu trabalho e vice-versa. Como é que olha para esta re-edição do seu trabalho?

B.C. aka DJ Xinobi – Antigamente remisturar era pegar nas pistas todas e alterar um pouco o som, depois tornou-se uma coisa mais artística, onde se tirava por exemplo a voz, por só a voz com o baixo ou mesmo mudar radicalmente as coisas. Hoje em dia remisturar é fazer tudo aquilo que der na cabeça. Quando alguém pega numa música minha… bom primeiro, tenho medo (risos), e a seguir fico mesmo muito contente. E fazer o contrário também é muito bom. No meu caso geralmente se existe voz, eu tiro-a e depois construo tudo à volta, e esse costuma ser o meu plano.

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