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“Adega do Cantor”

Logo Adega do CantorSir Cliff Richard apresentou em Lisboa os vinhos “Vida Nova” e “Onda Nova”

| Sir Cliff Richard dispensa apresentações. O que muitos poderão não saber é que há muitos anos este artista britânico tem uma propriedade no Algarve a que deu o nome de “Quinta do Moinho” onde produz vinhos, conjuntamente com os proprietários da “Quinta do Miradouro”, Nigel e Lesley Birch e Max e Michelle Birch donos da “Quinta do Vale do Sobreiro”.

Do sonho de todos eles nasceu a “Adega do Cantor”, o que perfaz um conjunto de 25,5 hectares de vinhas na região do Algarve, onde são produzidos vinhos tintos, brancos, rosés e espumantes.

Desta vez, o Artista deslocou-se a Lisboa, para apresentar os seus vinhos “Onda Nova” e “Vida Nova”, produzidos na sua propriedade.

Entrevista a Sir Cliff RichardO Jornal Dínamo®, encontrou o simpatiquíssimo Sir Cliff Richard, no Restaurante “Eleven”, uma das zonas nobres de Lisboa, onde falámos um pouco da sua paixão pela vitivinicultura e dos seus vinhos. “Eu comprei uma casa no Algarve. Penso que muitas pessoas daqui de Lisboa escolhem o Algarve para fazer férias e portanto eles sabem provavelmente melhor do que eu como é maravilhosa a zona algarvia. É realmente absolutamente linda. Na altura em que comprei a minha quinta, ela estava abandonada e “morta” e então eu quis dar-lhe vida e fazer algo lá. Entretanto conheci David Baverstock, uma pessoa que faz vinho, e que está ligado à Adega do Esporão, que me disse que eu podia plantar uvas na minha quinta. Eu entretanto disse-lhe que tinha a ideia de que o Algarve não era um sítio muito conhecido pelo vinho ao que ele me respondeu que não era conhecido porque no Algarve não se sabe como fazê-lo. No entanto advertiu-me que os Algarvios não são estúpidos (risos) e aprendem muito depressa e portanto eu podia ser o primeiro a fazê-lo. Eu disse… ok, então vamos a isso. Plantei uvas na minha quinta e o David juntamente com Max Birch fizeram os vinhos e passado alguns anos tivemos uma grande resposta. Eu fiquei felicíssimo… eu gosto… mas na verdade não quer dizer que todas as pessoas gostem, no entanto o que costumo dizer é: pode não gostar, mas não diga que não gosta sem experimentar. Por isso o mais importante é experimentar, mesmo que tenha a ideia que no Algarve nunca se fez bom vinho, pois agora ele é feito e começa a ter uma boa qualidade. Hoje já não sou o único a fazer vinho no Algarve. Desde que eu plantei a minha vinha, já existem muitos outros com vinhas no Algarve, e acredite que muitos deles são muito bons. Por isso se é de Lisboa e vai de férias até ao Algarve, se vai à praia a seguir comer umas sardinhas então tem de experimentar o vinho algarvio. Eu estou muito feliz por ter grandes vitivinicultores comigo. Eu cedo as uvas que planto e eles fazem um vinho muito bom. Já ganhámos medalhas na Alemanha o ano passado com o vinho branco (uma medalha de ouro em Munique), o vinho Rosé ganhou uma Medalha de ouro em Berlim, e vendemos os vinhos na Dinamarca, Holanda, Bélgica, na Alemanha, Áustria, em Inglaterra e no Aeroporto de Faro (risos)”.

Continuando a nossa conversa Sir Cliff Richard explicou ainda o porquê de Portugal e do Algarve para plantar vinhas. “Eu escolhi Portugal em 1961, muito antes de pensar em fazer vinho. Tive uma casa em Albufeira que ficava numa parte bastante alta e olhei para a baía e apaixonei-me. Era um sítio muito calmo, e onde ainda não havia muito turismo, estava talvez no início. Cada vez que ia a casa, dizia que tinha que arranjar um sítio no Algarve porque era realmente fantástico aquele sítio. Por isso acho que também desempenhei um pequenino papel para tornar o Algarve famoso. Eu fico muito feliz porque as pessoas lá chamam-me “O Amigo do Algarve” e deram inclusive o nome a uma rua (Rua Sir Cliff Richard) (risos), que loucura (risos) parece-me algo impossível mas muito… muito agradável e simpático. Como disse atrás, a minha ligação ao Algarve remonta a 1961 e todos os anos lá vou. Esta é a minha terceira casa, e esta é lindíssima e fica na zona da Guia. É uma quinta antiga. 
Sir Cliff RichardPenso até que a inicial terá sido construída há 350 anos, e eu tentei deixá-la o mais original possível, incluindo as cores e muitos outros pormenores e é um sítio onde adoro estar. O sítio onde o vinho é feito chama-se “Adega do Cantor”, porque claro eu sou cantor (risos), e a minha Quinta chama-se “Quinta do Moinho” e ao vinho dei-lhe o nome de “Vida Nova”, porque achei que é um bom presságio para uma nova vida. Foi uma nova vida para a minha quinta que não estava nada cuidada, não havia nada nos campos e o espaço estava vazio de tudo. Agora temos uma Quinta cheia de vida, onde há pessoas todos os dias, onde as uvas crescem todos os dias. Pensei também que se fosse bem sucedido, podia ser que aparecem mais pessoas a cultivar vinhas e na verdade isso aconteceu. Nós temos uma cultura de vinho no Algarve que está a crescer que é completamente diferente do estilo antigo. Eu sei que no passado não era famoso pelo vinho, mas as coisas mudaram e agora há já muitas pessoas a fazer vinho. Quem for ao Algarve, tem obrigatoriamente que experimentar os vinhos que lá se fazem… Especialmente o meu, claro (risos)”.

Quanto aos vinhos que criou, Sir Cliff Richard, explicou um pouco acerca deles e da sua origem. “O “Vida Nova” é o vinho com a nossa assinatura e que é uma mistura de castas indígenas e internacionais. Existe o “Vida Nova” Tinto, Branco, e Rosé. Fazemos também uma Reserva de tinto e outra de branco. O “Onda Nova”, são os vinhos elaborados a partir de uma única casta. Temos o “Onda Nova” Verdelho, Syrah, Alicante, Aragonez e Rosé. Esta é sem dúvida uma boa escolha e eu espero que as pessoas se sintam preparadas para se aventurarem e o experimentarem. Eu aceito que as pessoas possam não gostar… eu adoro-o, mas se não gostarem do meu, experimentem outros no Algarve, mas eu acho que as pessoas vão gostar do meu vinho, deve haver mais pessoas como eu (risos). Hoje em dia quando estou no Algarve, bebo o meu vinho, quando vou para os Barbados, eu levo o meu vinho comigo, levo caixas dele para lá, uma vez que passo lá pelo menos 3 meses por ano. Quando tenho amigos a jantar em minha casa, dou-lhes o meu vinho a beber, por isso só posso dizer que estou mesmo muito feliz com os meus vinhos e espero que os portugueses também possam ficar felizes com ele. A “Adega do Cantor” não fica na minha Quinta, fica a uns 3 quilómetros da casa e as pessoas costumam vir de carro ou de camioneta até à vinha onde o Max e toda a equipa que lá trabalha mostram como é que se faz o vinho. Temos uma adega muito contemporânea e muito científica. Eu não a compreendo totalmente mas o importante é que quem lá está entende perfeitamente como é que tudo se faz. Para dizer a verdade nunca imaginei que fazer vinho fosse tão científico… é sem dúvida uma ciência produzir bom vinho e eu tenho a sorte de ter pessoas como o Max que fazem um excelente vinho e se já ganhámos medalhas com ele, isso só poderá dizer que estamos no bom caminho da produção de bom vinho. Eu tenho sem dúvida muito orgulho no que eles fazem… e ainda tenho o prazer de o beber e de gostar (risos)”.

A seguir, foi tempo de ir até à loja Garrafeira Nacional, na Rua de Santa Justa em Lisboa, (onde é possível comprar inúmeros vinhos, dos mais normais aos mais raros e outro tipo de bebidas, desde whiskys a licores ou champagnes) onde Sir Cliff Richard fez a apresentação dos seus vinhos e onde foi possível degustá-los.

Para quem os desejou adquirir, houve um presente. Todos os que quiseram adquirir um “Vida Nova” ou “Onda Nova”, puderam sair da Garrafeira com as suas garrafas autografadas pelo artista.

Adega do Cantor

Para além dos vinhos, Sir Cliff Richard continua a sua carreira musical, tendo lançado em Outubro do ano passado o seu mais recente trabalho de nome “Soulicious – The Soul”, agora num tom um pouco diferente onde explora outro tipo de sonoridades.

Fotos: Pedro Sousa Filipe

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