Economia sob rodas
| O Jornal DÍNAMO©, está de volta com mais um test drive, desta feita com o modelo Honda Civic 1.6 Diesel.
Tal como as outras versões do Civic, as grandes mudanças não se vêem por fora, só mesmo experimentando as poderemos apreciar e foi isto mesmo o que fomos fazer.
Este Civic é o primeiro modelo equipado com o motor i-DTEC 1.6L de 120cv da nova geração Earth Dreams Tecnology, ou seja com uma nova gama de motores com elevada economia de combustível e excelentes prestações.
Este novo motor está disponível em três versões:
COMFORT Jantes em liga leve de 16”, ar condicionado, cruise control, todos os sistemas de segurança, faróis automáticos com temporizador, novo ecrã i-MID. A partir de 24.350€.
SPORT Ao nível de equipamento COMFORT acrescenta ainda, volante e punhos da alavanca de velocidades em pele, ar condicionado de dupla zona, sensor de chuva e de luz, controlo remoto dos vidros eléctricos e espelhos retrácteis, tomada de energia na bagageira, Sistema Bluetooth HFT, jantes em liga leve de 17”, faróis de nevoeiro dianteiros e câmara de estacionamento traseira. A partir de 25.600€.
LIFESTYLE Ao nível de equipamento SPORT acrescenta ainda, espelho retrovisor anti encadeamento, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, bancos dianteiros aquecidos, rádio com recepção digital DAB+, sistema de som premium com subwoofer, vidros escurecidos, faróis bi-xenon com lava faróis e sistema de suporte de máximos. A partir de 27.700€.
Os preços indicados não incluem pintura metalizada nem despesas de logística e preparação.
O modelo que o Jornal DÍNAMO© pôde experimentar foi a versão Sport.
Ao longo deste artigo vamos tentar explicar um pouco acerca das suas funcionalidades, ergonomia e materiais.
Interiores
Comecemos pelo habitáculo que é das primeiras coisas que uma pessoa olha quando está prestes a comprar uma viatura. O espaço entre condutor e a pessoa que vai ao lado está a uma boa distância, o que faz com que exista espaço para um apoio de braço com um interior para se colocar, por exemplo os óculos, as chaves ou qualquer outro objecto que se queira ter à mão.
O facto de o volante ter os comandos, ao alcance dos dedos e se poder ir mudando para ver autonomias no novo ecrã i-MID, quilómetros efectuados, quando é necessário encher o depósito, entre outras funções, já não é novidade, o que é realmente uma inovação é a colocação dos botões. Parece-nos que desta forma, há menos espaço para distracções, não havendo espaço para tirar os olhos da estrada à procura de informação adicional.
Ecrã i-MID (ecrã multi-informações inteligente)
Apresenta o conta-quilómetros, o conta-quilómetros parcial, o indicador de temperatura exterior e outros indicadores. Apresenta também mensagens importantes, como avisos e informações úteis.
No entanto, para o caso de mesmo assim achar que se pode atrapalhar aconselhamos que assim que puder pare o carro e procure no computador de bordo o que realmente pretende saber. Esta é também uma atitude inteligente e positiva, tida em relação às coisas que há impreterivelmente que saber e preparar antes de se iniciar uma viagem curta ou longa.
Mais uma vez e mesmo sendo uma versão desportiva, quer condutor quer o companheiro do lado não sentem a velocidade. Por isso mais uma vez chamamos à atenção dos excessos de velocidade que é possível ultrapassar uma vez que de tão suave, não se sente a sua evolução. Noto que, existe um controlo de velocidade de cruzeiro, que permite limitar a velocidade.
Já para quem vai sentado atrás, a sensação é um pouco diferente, sendo que passando um piso menos bom, sente um eventual buraco por onde passe. No entanto e mais uma vez há que ter em atenção que uma versão desportiva é assim mesmo. Uma vez que não há muito como contornar essa situação, há talvez uma forma de a colmatar, mudando os pneus e jantes de 225/45R17 para 205/55R16 o que poderá tornar o carro mais confortável para quem viaja nos assentos traseiros.
Os estofos estão também eles bem pensados. São confortáveis e ergonómicos, permitindo que cheguemos ao fim de uma viagem sem a sensação de cansaço ou desconforto nos membros.
Mais uma vez há que saudar os assentos mágicos traseiros, que continuam extremamente úteis, para que no caso de se querer colocar algum objecto mais volumoso no seu interior, se possam levantar num ângulo perfeito criando um espaço de óptima dimensão.
Passando agora para a bagageira, saudamos a sua estrutura e volumetria. O espaço está bem pensado quer se faça uma viagem curta ou de longo curso. Para além deste espaço, existe ainda aquilo que chamamos de espaço maravilha — uma espécie de zona mais escondida, para que possa ocultar objectos ou mesmo para colocar as coisas que não necessita de ter mais à mão.
Neste momento está-se também a dar uma modernização em termos do pneu sobresselente. Sabemos que durante uma viagem não estamos isentos de contratempos, entre eles um furo num pneu e claro que é necessário ter um pneu para mudar, até se arranjar ou substituir inteiramente um pneumático.
Este é um dos modelos onde já não se tem de preocupar em se sujar de óleo ou fazer grandes esforços para esse efeito.
O Civic 1.6 Sport, vem equipado, tal como outros modelos Honda, com o kit anti-furo, o que naturalmente vai evitar o espaço ocupado por um sobresselente tornando o carro mais leve e com mais espaço para arrumação.
Falando agora de sensores de estacionamento. Sabemos que nos nossos dias e olhando agora um pouco mais para as nossas ruas, cada vez nos debatemos mais com questões de estacionamento. Ou temos muito espaço e não há problema, ou temos de calcular muito bem para não dar um toque na parte traseira de outro carro estacionado. Os sensores são sem dúvida uma bênção que foi introduzida, para que tenhamos a noção das distâncias. Para além dos traseiros, este modelo vem equipado com sensores frontais. Se mesmo assim os sensores não chegarem, há também a câmara de estacionamento traseira que se liga quando se acciona a marcha atrás. Juntamente com as linhas guias no ecrã i-MID e com os sons que vão sendo emitidos, aprendemos rapidamente a ter uma melhor noção de estarmos mais perto ou mais longe do outro veículo. Esta câmara é realmente muito boa, uma vez que o vidro traseiro continua a não ter grande visibilidade e assim não existe necessidade de olhar para trás para realizar esta manobra.
Uma outra funcionalidade que alguns carros de algumas marcas continuam a não ter é um alerta de luzes ligadas. Com toda a certeza uma vez na vida, saiu do carro mais distraído e não desligou as luzes, e depois teve uma desagradável surpresa ao perceber que a sua bateria estava descarregada. Pois, com a Honda não há hipótese disso acontecer, uma vez que estando parado, e se não desligou as luzes, existe um sinal sonoro que chama a atenção para essa questão.
Desempenhos e Consumos
Falemos agora de desempenhos e consumos, uma vez que já de si importantes, nos tempos que vão correndo não podemos deixar de olhar para este factor. Os combustíveis não param de aumentar e por isso é importante que quando se investe num carro, se tenha em atenção, o quanto ele vai pesar no nosso bolso. E também, ter em conta que seja uma viatura cada vez menos poluente.
Realizámos um total de 425 kms, com um espantoso consumo final de 5,5 L/100 (modo eco+sport), sendo o consumo inicial 4,2 L/100 (modo eco). Conseguimos estes valores, graças a diversos factores: aerodinâmica, novo motor, a fantástica caixa de seis velocidades, à função de paragem automática ao ralenti e ajudas visuais – indicadores que se acendem quando deve ser realizada uma alteração de mudança para manter o estilo de condução mais eficiente a nível de consumo de combustível. Consideramos que estes valores são espantosos, sendo que experimentámos percursos citadinos, estradas nacionais e auto-estrada.
Segurança
O veículo monitoriza a utilização dos cintos de segurança dianteiros e traseiros. Um indicador permanece acesso se o condutor e passageiro da frente não colocar o cinto. Depois passa a aviso sonoro. Também surge um indicador no ecrã se os passageiros traseiros não colocarem o cinto. O sistema de segurança anti-roubo dispara quando as portas ou capot são abertos sem o transmissor de comando à distância. O Sistema imobilizador só se abre o carro com a chave própria que contém transmissores eléctricos que usam sinais electrónicos para a verificação da chave.
Podemos em suma concluir, que o Honda Civic 1.6 Sport, consegue reunir conforto, segurança, potência e economia. É um carro a pensar em termos de futuro, ecológico, sem dispensar o conforto para quem circula pela cidade ou para quem faz viagens de longo curso.
O Jornal DÍNAMO© agradece à Honda Portugal a possibilidade de realizar o teste.
Fotos: Pedro Sousa Filipe