| Já são conhecidos os 15 vencedores da primeira edição do Futurawards, a nova montra do talento artístico nacional.
No passado dia 31 de Março, na Culturgest, foram conhecidos os portugueses de destaque no último ano pelos Prémios de Excelência Música & Artes.
Na Culturgest, em Lisboa, as vozes ecléticas da cultura nacional juntaram-se para aplaudir os melhores das 15 categorias de áreas que vão da música às artes visuais, passando pela moda, gastronomia, artes performativas, literatura e cinema, consoante júris específicos a cada domínio. O evento terminou com a distinção de um ícone da cultura nacional. A música foi a área que contou com mais sub-categorias, dividindo-a em artista, disco nacional, canção nacional, actuação ao vivo, revelação, clubbing, teledisco, e duas categorias extra consoante voto do público: a melhor banda e o melhor artista solo.
Na Música, pelo voto do público, Ana Lua Caiano foi premiada a Melhor Artista Solo e Cara de Espelho a Melhor Banda. Ainda na mesma área, a Melhor Canção foi para “Out of time” de Best Youth, a Revelação do Ano foi Girls 96, o prémio de Melhor Actuação ao Vivo foi atribuído a MAQUINA., Zé de Bordeira foi premiado pelo melhor Teledisco e, por fim, a música e ambiência do Lounge, em Lisboa, valeu-lhe o prémio Clubbing.
Nas restantes áreas, A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora recebeu o Prémio Cinema, em parceria com a Filmin, Na Medida do Impossível, de Tiago Rodrigues ganhou nas Artes Performativas, As Melhoras da Morte, de Rui Cardoso Martins conquistou o prémio Literatura, a marca Behén saiu com o prémio de Moda, a Casa Vale Ferreira, de João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira ganhou o Prémio Julião Sarmento de Melhor Exposição e, por fim, porque a Gastronomia também é uma arte, o Restaurante Prado, em Lisboa, recebeu o Prémio Melhor Restaurante, em colaboração com o Esporão.
A noite não acabou sem a homenagem a um ícone da cultura portuguesa. Assim, o Prémio Ícone Futura, foi entregue a Rui Reininho, pelo seu “percurso e toda a contribuição preciosa para a cultura nacional”, como elucida a Futura-Rádio de Autor. No seu discurso de entrega do prémio, Inês Meneses refere-se ao homenageado enquanto um génio, “Reinino, Reininho. Um rei que nunca vai nu”. “Os génios são todos mais parecidos uns com os outros do que pensam”, constata a apresentadora, concluindo que “é por isso que este homem tem nele o Alexandre O´Neill, o Serge Gainsbourg, o Rimbaud, o Oscar Wilde, um bocadinho de Luiz Pacheco ou de Cesariny, o Bryan Ferry ou até o Bowie”.
Naturalmente, num prémio dedicado a enaltecer o futuro das artes e da cultura, também o troféu que os vencedores recebem foi pensado enquanto peça de culto. Assim, idealizado por Pedro Ramos e desenhado por Isaac Gens, o troféu consiste numa representação de Futura, a deusa da resistência nas artes, que além de resistir, luta pelos seus sonhos. Adaptada da emblemática Vénus de Milo, os artistas substituem os seus braços amputados por dois emojis de músculos, “usando a linguagem digital contemporânea como sinal de força e determinação perante as dificuldades”, explicam em comunicado.
Os FUTURAWARDS, organizados pela recente Futura-Rádio de Autor, em emissão desde 2021, pretendem enaltecer os artistas e a sua criatividade, desafiando convenções, e impacto no futuro da cultura portuguesa. É a partir destes novos prémios que amplificam a voz da diversidade artística e impulsionam o intercâmbio de ideias e criação entre sectores.
Fotos: Vera Marmelo