| Entre os dias 15 e 18 de Maio, o grupo de performance e instalação artísticas apodera-se das Carpintarias de São Lázaro para 6 sessões que prometem que o público se questione se estarão a sonhar.
Maraña é um grupo que funde o circo contemporâneo, a dança, as marionetas, o teatro físico e a música ao vivo num espectáculo em constante diálogo com o próprio cenário. Criado por Paula Riquelme, directora de artes circenses e artista têxtil chilena com mais de 20 anos de experiência e de nome artístico Lapaulari, o cenário é transformado numa escultura de crochê onde as texturas dos fios abraçam os artistas e o público. Foi no casamento das suas duas paixões – o circo e a arte têxtil – que nasceu o Maraña. O nome resulta de uma conversa com familiares e amigos quando mostrou a primeira parede que construi com crochê: a sua filha sugeriu “é mama araña”, ou seja, é a mãe aranha, e assim, com uma pequena abreviatura, ficou o nome do projecto.
Ao longo do espectáculo, cinco mulheres dançam como se dependessem dos movimentos umas das outras e das tapeçarias que os envolvem. Elas fazem parte do próprio espaço e dão vida às paredes iluminadas e texturadas pelos seus movimentos. Criam uma impressão de organismo dinâmico.
“Precisamos de criar um tipo de magia através da beleza, que as pessoas não consigam descrever por intermédio de palavras.”, afirma Paula em comunicado. No espectáculo pensado por si, e dependendo de toda a sua equipa, com quem trabalha de maneira próxima, pretende tirar as palavras da boca do público e transportá-lo a um mundo onírico.
A equipa do Maraña é formada, acima de tudo, por mulheres. À directora artística, Paula, une-se Majda Amroun, co-produtora do Maraña e co-fundadora da Haize, uma empresa de produção artística com sede em Lisboa, que prioriza a singularidade dos artistas e as experiências imersivas a par da dança, da música e da festa. Às duas produtoras, juntam-se as cinco performers que dão vida ao espectáculo e as duas Djs, Kotoe e Anya, que farão os mais arrojados dançar na after–party do penúltimo dia, 17 de Maio. Kotoe, conhecida por misturar a sua voz com o ambiente de electrónica da cidade de Berlim e as suas raízes asiáticas e sul americanas, criou ainda a música que passa ao longo do espectáculo, sendo de esperar uma experiência auditiva eclética e colorida, como o próprio ambiente. Anya é uma DJ que vive em Lisboa, coleccionadora de discos, co-proprietária de uma loja de vinis, apresentadora de rádio, curadora de festivais de música (RBMA festivals) e booker. É também co-apresentadora do programa “All Styles All Smiles with Javybz” na NTS Radio. Desde 2006, tem actuado em alguns dos melhores festivais do mundo, como o Kala Festival, Moga e fará a sua estreia este ano no Dekmantel.
As seis sessões, ao longo dos dias 15, 16, 17 e 18 de maio, nas Carpintarias de São Lázaro, têm todas o mesmo preço, com bilhetes que oscilam entre os 30 e os 42€, sendo que o mais caro inclui bar aberto antes, durante e depois da performance.
No dia 17, a after-party referida abre as portas às 22:30, com última entrada às 23:00, mas promete durar até às 4:00. A entrada tem um custo de 20€ e deverá ser adquirida previamente.
Bilhetes disponíveis aqui
Fotos: Maraña
