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SOMOS TODOS CHARLIE!

Je Suis Charlie, Eu Sou Charlie, I Am Charlie, Ich Bin Charlie, Yo Soy Charlie

| Este é o lema, o mote ou a oração que no dia 7 do primeiro mês do ano de 2015, tomou conta do Mundo, assombrado com uma notícia revoltante e triste… a notícia que nos fez engolir amargamente e em seco dilacerou o coração de cada homem que partilha os valores democráticos e que são e serão sempre, a bandeira da Civilização Ocidental.
Hoje, choramos e sentimo-nos impotentes perante a barbaridade de quem não entende e não pretende compreender omodus vivendi das sociedades democráticas e da civilização de terráqueos que ambiciona, patrocina, promove, cria e recria a Liberdade.

O primeiro de todos os pensamentos que nos invadem aquando de uma notícia desta natureza, sobre um acto perpetuado por membros do Estado Islâmico, esta manhã em Paris, na redacção do Jornal “Charlie Hebdo” é… o Medo!

“(…)
É tão pouca a glória duma guerra,
E os homens que fazem as vitórias!
Já não há memória de paz na terra,
É o medo!
Ali mesmo”

in Senhores da Guerra (Madredeus – O Espirito da Paz, 1994)

O Medo! A arma perfeita e predilecta do terrorismo, que dissemina o vil sentimento que pretende radicalizar sociedades, cimentar a manipulação e violar direitos.

O Terror e a Violência são o instrumento da anarquia que mascarada de nova ordem social, tenta impor conceitos e falsas crenças em nome de um Deus que nada mais é, do que a materialização diabólica e perversa de uma elite de homens que por baixo de vestes negras semeiam o horror e espalham o pânico à revelia de tudo e de todos recriando um califado há muito extinto e sem qualquer continuidade cultural, ideológica e social.

Liberdade, Vida, Paz e Democracia… estes conceitos difusos e que chegam quase a soar como banais, são ambições inerentes e quase genéticas de cada ser humano e de cada promotor da Paz.

Hoje contudo, as páginas da história estão ensanguentadas, e nós? Homens! Enchemo-nos da vergonha alheia e choramos a morte de inocentes que apenas satirizavam, no perímetro que a Liberdade concede, a actualidade de um Mundo muitas vezes prostituído por conceitos remotos e ultra conservadores, adjudicações de violência e semblantes da ganância e deturpação da racional convivência em sociedade.
Com seriedade e rigor suavizam a realidade que tantas vezes nos aflige usando metáforas e eufemismos da comédia que nos fazia rir de nós próprios (essa particularidade que apenas assiste a quem reconhece o seu lugar no Mundo, sem pretensões em aceitar a natural liberdade que a Democracia promove.

Oh Deus! Oh Alá! Oh Buda! ou tantos mais Deuses que há espalhados pelo mundo, não vos deixeis ser profanados com actos gratuitos de violência e terror, que em vosso Nome são perpetuados e que violam valores sagrados de Vida e Paz.

Este não é um artigo, antes sim um Manifesto! Um pedido e também um desabafo! Uma nota simples e humilde de quem tremeu ao ver as imagens da “Banalidade do Mal”, não aquela do tratado filosófico de Hanna Arendt, e que ilibava Eichmann do extermínio judeu na segunda guerra mundial e que acreditava ser o seu dever, na mais perfeita lógica burocrática.

Falo da Banalidade do Mal, intencional e ideológica, minuciosamente calculada e devastadora! Aquela que move uma elite contra a cultura, que deturpa valores de um Islão radical que nem os próprios Muçulmanos reconhecem e que mergulha a Democracia em sangue e ódio.
Esse terrorismo que os estados soberanos têm tratado com uma cautela quase passiva, permitem que crimes hediondos como o de hoje calem a liberdade de expressão.

Je suis CharlieHoje perderam-se treze vidas!
Todos os dias se perdem vidas de formas cruéis! Todos os dias nascem mais seres como os que hoje estupraram a Liberdade! Mas o simbolismo do dia de hoje poderá marcar uma viragem histórica na forma como o Mundo e os Governos devem tratar estes jihadistas!

Hoje silenciaram 13 mas não calarão os milhões que proclamam a Paz e a Liberdade e que bem alto gritaram – Je Suis Charlie.

Fotos: www.europe1.fr / www.framboise314.fr

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